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     14/05/2024            
 
 
    

O sucesso ou fracasso de um projeto pecuário voltado à produção de carne ou leite depende fundamentalmente de três pilares, que interagem entre si: genética, nutrição e sanidade. Obviamente que meio ambiente, mão de obra, equipamentos e gestão têm importante parcela de contribuição no processo, porém o manejo sanitário eficiente, a alimentação de qualidade e o padrão genético do gado são fatores indispensáveis.

Aos poucos, o Brasil está aprendendo a priorizar a saúde animal como se deve. As principais doenças estão controladas e a febre aftosa merece cada vez mais atenção dos pecuaristas. Ainda há perigos à espreita, mas é inequívoco o avanço na prevenção e no controle.

No campo da nutrição, a suplementação mineral ganha espaço. Os produtores estão mais atentos ao balanço nutricional das dietas, o que vem contribuindo para aumentar os níveis de produtividade do gado em todas as idades e nos diferentes períodos do ano.

Quanto à genética, há altos e baixos. Por um lado, há raças zebuínas, como nelore, brahman e gir, que apresentam índices de desempenho crescentes e até surpreendentes, ajudando a impulsionar a oferta de carne bovina. Em comum, nelore e gir estão no Brasil há várias décadas, o que possibilitou sua total ambientação às nossas condições e consequente expansão. O sangue nelore, por exemplo, está presente em 80% das cerca de 200 milhões de cabeças de gado do país. Já o Brahman, apesar de recém-chegado, disse a que veio e já dá sua contribuição para o fortalecimento da atividade.

Há também as raças de origem europeia, como angus simental e uma dezena de outras opções com potencial de expansão e características positiva. Mas essas duas fontes genéticas se destacam, cada uma a seu modo: o simental está bastante disseminado pelo Brasil e o angus é a raça preferida pelos criadores que fazem o chamado cruzamento industrial (associação de raças europeias e zebuínas ), potencializando a produtividade das crias em termos de ganho de peso, crescimento, fertilidade, precocidade sexual e oferta de carne de qualidade superior.

Talvez o grande desafio dessas raças, particularmente do angus, por conta do excepcional aumento do seu uso pelos pecuaristas no cruzamento industrial, está na fonte da genética utilizada.

O Brasil tem uma característica interessante, pois seu rebanho angus é formado por uma espécie de mistura bem balanceada entre gado europeu, da América do Norte e Argentina. Sem preconceitos, essa genética importada permanece importante para o contínuo melhoramento do gado nacional. Por outro lado, já há também opções locais de genética de alta qualidade, que devem merecer a atenção dos pecuaristas.

O fato é que a pecuária brasileira é um gigante e, como tal, precisa das mais diferentes contribuições genéticas. Há países que selecionam determinadas raças há bem mais tempo que nós e já atingiram patamares de produtividade indiscutíveis. Mas também há méritos internos e os pecuaristas nacionais têm o seu valor no processo de melhoramento do gado aqui, já adaptado às condições brasileiras. Os exemplos de sucesso estão aí com nelore, simental, gir, brahman, girolando e outros. E nunca se pode esquecer que a escolha equivocada da base genética provocará prejuízos por longo tempo.

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